Entendendo a sua Calopsita
- ARANTES, R. B.
- 27 de jan. de 2019
- 4 min de leitura
Essas ao lado são minhas calopsitas. Desde 2011, cuido dessas preciosidades; trata-se de um prazer que veio a mim após um momento de transição profissional. Hoje, ao todo são 8: galinho e lili (pai e mãe), e seus filhotes, conquinha, branquinho, blanquito, sofio, vitória e careca.
Costumo dizer que o convívio com os animais é realmente um presente divino que vem a nós; tratá-los bem é uma grande obrigação. Ser querido por eles é uma bênção.
Cuidar desses lindos pets, por outro lado, não é tarefa fácil. Preocupar-se com alimentação, saúde, higiene e adequação de ambientes para recebê-los é imprescindível para assegurar sua longevidade.
Antecipo aqui que não sou veterinário, mas um cuidador com 8 anos de experiência. Estas linhas que escrevo têm como objetivo esclarecer dúvidas simples do dia a dia no convívio com nossas aves. Portanto, caso observe algum comportamento diferente, não deixe de levar seu bichinho a um veterinário para uma consulta.
Breve resumo sobre a ave
Natural da Austrália, tendo sido registrada pela primeira vez em 1792, a calopsita pode ser chamada também de “caturra” em Portugal, e de “cockatiel” na língua inglesa.
São aves extremamente dóceis e de fácil convívio social, consideradas aves de contato por serem facilmente adestradas, e aceitarem o convívio e aproximação com humanos. Obviamente, como ocorre com qualquer pet, necessitam de atenção e podem ficar dependentes disso, cobrando afeto constante dos seus cuidadores.
Elas possuem expectativa de vida de 20 a 25 anos em média, principalmente em ambientes naturais. Essa expectativa em cativeiro, obviamente, poderá variar em virtude da dieta aplicada a ave que costuma medir de 28 a 35 centímetros.
Suas cores
No site <https://amocalopsitasmansas.webnode.com.br/> encontrei algo muito bacana sobre a diversidade de cores que as calopsitas podem apresentar. Tratam-se de colorações diversas.
As que apresentei no início são as minhas da coloração lutino. Talvez seja uma das colorações mais comuns cor dominante branca, olhos vermelhos, pés rosados, crista amarela, bico marfim bem clarinho, cabeça amarela com bochechas vermelhas/laranja. Nas asas e na cauda, também está presente o amarelo.
Outra coloração bastante comum é a cinza, com o corpo cinza e a bordas das asas brancas.
Em geral, essa diversidade de cores acontece em virtude das combinações genéticas, provocando essa pluralidade de cores e fofura. Abaixo apresento algumas das cores que podem apresentar, com base na imagem do site indicado acima.
*imagens extraídas de amocalopsitasmansas.webnode.com.br
Alimentação
Todo cuidado é pouco com a alimentação. Fornecer algo errado pode comprometer a saúde e o desenvolvimento da ave.
A dieta das calopsitas é composta basicamente de ração, esta composta de sementes de alpiste, paiço, aveia, girassol entre outros. A elas pode ser servido ainda frutas, legumes, verduras e rações industrializadas com maior nível de industrialização.
Maçã (sem semente), melão (sem semente), chicória, banana, ovo cozido, beterraba, cenoura, giló, milho, pão são alguns dos itens que podem ser servidos a sua calopsita sem medo. Por outro lado, alface, chocolate, álcool, cebola e abacate jamais devem ser apresentados ao seu pet.
*imagem extraída de https://www.youtube.com/watch?v=U5KjXLIeS0k
Milho é pão são os principais alimentos a serem oferecidos em épocas de cria, por serem digeridos e transportados com maior facilidade. Quando os filhotes nascem, o volume de pão e milho consumidos é elevado; portanto, se houver ovinhos na casinha, fiquem atentos para manter sempre água e alimento disponíveis.
Aparando as asas e unhas
Em geral, quem não dispõe de espaços grandes para manter suas aves opta por aparar as penas, de forma que os vôos da calopsita possam acontecer, porém sem atingir alturas elevadas que façam ela escapar para longe, ficando a mercê de agentes predadores.
O aparo é bastante simples, porém caso não se sinta realmente seguro para fazer, procure sempre ajuda de um veterinário para lhe apoiar.
A imagem ao lado foi extraída de <http://sustentahabilidade.com/como-aparar-as-asas-de-aves-mantidas-como-pet/>. Podemos ver que o aparo deve ser realizado de fora para dentro, atingindo apenas a segunda camada de penas.
A imagem à esquerda extraída de <https://calopsitas-domestica.webnode.com.br/manual/caracteristicas/> identifica a camada onde devemos trabalhar. Alguns cuidadores optam por manter as duas penas da ponta das asas. Estas penas são capazes de proteger da queda brusca, evitando que colidam com o chão. Eu procuro manter estas penas.
Com relação as unhas, temos duas opções: ou mantemos poleiros naturais ou com lixas, o que permite o desgaste da ponta das unhas, evitando que a ave se machuque ao coçar a face, ou aparamos a ponta das unhas.
Na imagem ao lado, extraída de <http://segredosdacalopsita.com.br/como-fazer-para-cortar-unha-da-minha-calopsita/>, conseguimos observar o ponto exato do corte, evitando dor ao pet. Observe que há uma região com sangue; esta deve ser evitada no corte. Apenas a pontinha da unha deverá ser exposta ao corte, evitando ferimento ao seu animal.
Gerando os filhotes
A reprodução não ocorre de maneira simples. Primeiramente, assegure que suas aves tenham ao menos um ano de vida, o que garante uma gestação livre de problemas (há criadores que recomendam que o cruzamento ocorra apenas após um ano e meio de vida). Outro ponto importante é garantir o abrigo as aves. O modelo da imagem abaixo é o ideal para abrigar sua ave no período de cria.
Além disso, é importante que as aves fiquem em local silencioso durante a gestação, evitando o abandono do ovo, ou mesmo que a própria calopsita (por conta de estresse) possa destruir o ovo.
Obviamente, a interação do casal é essencial. Ou seja, se o casal não se curte, não adianta forçar a barra, pois não vai rolar!
Colocados os ovos, o próprio casal de calopsitas fará o trabalho de construção do ninho, choca e trato com os filhotes, se revezando para chocar e alimentar os filhotes após nascimento. Você poderá deixar ambos os pais na gaiola, sem esquecer de oferecer sempre farta quantidade de água e pão. Alimentos ricos em vitamina E também serão muito bem-vindos.
Em média, a fêmea põe de 4 a 7 ovos, com intervalo de 2 dias entre cada ovo. Após 20 a 23 dias do inicio do choco os filhotes começaram a nascer. Não raro, é possível ouvir o piado do filhote antes mesmo que ele saia do ovo. Em 2 meses eles já estarão saindo do ninho e arriscando os primeiros vôos solos.
Acompanhe de perto a evolução. Macho e fêmea se revezam chocando o ovo. O processo é cansativo e estressante, exigindo dedicação dos pais e dos criadores. Um ambiente tranquilo é essencial para a procriação, facilitando todo o processo e permitindo a geração de filhotes saudáveis.
Espero ter ajudado com estas dicas! Em caso de dúvidas, entre em contato!
Disponibilizo abaixo fontes bacanas de consulta que já me ajudaram muito e, certamente, irão ajudá-los também.
Abraços!
Fonte de informação:
https://amocalopsitasmansas.webnode.com.br/
https://blog.cobasi.com.br/origem-das-calopsitas/
https://petgusto.com/tudo-sobre-o-passaro-calopsita/
https://www.youtube.com/watch?v=U5KjXLIeS0k
https://calopsitas-domestica.webnode.com.br
http://segredosdacalopsita.com.br
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